quinta-feira, 15 de julho de 2010

O relacionamento secreto entre negros e judeus, Volume 2 Review Book
By Ashahed M. Muhammad -Asst.
Por Ashahed M. Asst-Muhammad.
Editor- | Last updated: Jun 28, 2010 - 9:51:24 PM
Editor-| Última actualização: 28 junho de 2010 - 09:51:24

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How Jews Gained Control of the Black American Economy Como os judeus ganharam o controle da economia americana Black
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(FinalCall.com) - The mercantile exploits of the Jewish people are legend. (FinalCall.com) - As façanhas mercantil do povo judeu é lenda. Their extensive commercial influence is undeniable, however, the Nation of Islam, in a seminal and groundbreaking work “The Secret Relationship Between Blacks and Jews,” Volume One (1991, Latimer Associates) presented a multi-layered and detailed research study of the methods by which this dominance was established and its connections with the Black community. Sua influência de comerciais é inegável, porém, a Nação do Islã, em uma obra seminal e inovador "O relacionamento secreto entre negros e judeus," Volume One (1991, Latimer Associates) apresentou um estudo multi-camadas e detalhada dos métodos por que esse domínio foi estabelecido e suas conexões com a comunidade negra.

BOOK REVIEW RESENHA

Its publication set off ideological tremors resulting in denunciations, and chaotic scrambles into the archives of Jewish historical literature by those hoping to debunk its claims. Sua publicação ajustados fora dos tremores ideológico, resultando em denúncias, e caótica bagunça nos arquivos históricos da literatura judaica por aqueles que desejam desacreditar as suas alegações. They were unsuccessful, and quietly, the assertions that Jews were merely “co-sufferers or innocent by-standers” in the trans-Atlantic slave trade have been silenced. Eles foram bem sucedidas, e silenciosamente, as afirmações de que os judeus eram apenas "co-sofredores ou inocentes espectadores" no tráfico de escravos transatlântico, foram silenciados.

The Nation of Islam's Historical Research Department has followed up with the highly anticipated Volume 2 in a series of scholarly volumes, this one under the subtitle “How Jews Gained Control of the Black American Economy.” A Nação do Islã Histórico de Pesquisa do Departamento seguiu-se com o volume do altamente antecipado 2 em uma série de volumes eruditos, este com o subtítulo "Como os judeus ganharam o controle do Black American Economy".

In 456-pages with thousands of footnotes, replete with charts, diagrams and even more Jewish scholarly sources, the Nation of Islam's research has shown that far from an accidental circumstance of history, Jewish business owners using the guidance contained within the Talmud, established an extensive structure of economic control while exercising considerable influence in the development of the architecture of the system of White Supremacy. Em 456 páginas de milhares de notas, repleto de gráficos, diagramas e ainda mais judeu fontes acadêmicas, a Nação de pesquisa do Islã tem demonstrado que, longe de uma circunstância acidental da história, os proprietários do negócio judeu usando a orientação contida no Talmud, estabeleceu um ampla estrutura de controle econômico, enquanto que exercem uma influência considerável no desenvolvimento da arquitetura do sistema de supremacia branca. The devastating effects of which are still felt in the Black community today. Os efeitos devastadores das quais ainda são sentidos na comunidade negra de hoje.

The book begins dealing with an historical reality, which shows that even though the Honorable Elijah Muhammad was never accused of being anti-Semitic, he and the Nation of Islam were feared by Jewish organizations and leaders. O livro começa lidando com uma realidade histórica, que mostra que, embora o Honorável Elijah Muhammad nunca foi acusado de ser anti-semita, ele ea Nação do Islã eram temidos por organizações judaicas e líderes. Those same organizational leaders in modern times predictably hurl the dastardly appellation of “anti-Semite” at anyone who would dare to act as a Black advocate for justice. Esses mesmos líderes organizacionais nos tempos modernos, previsivelmente arremessar a denominação covarde de "anti-semita" a quem se atreveria a agir como um defensor da justiça Black.

As an example of this unfortunate reality, in the preface, the authors forthrightly deal with the 2008 presidential campaign of then-Senator Barack H. Obama and the Rev. Jeremiah Wright/Louis Farrakhan media created nexus and contrived controversy, which dominated the airwaves. Como exemplo desta triste realidade, no prefácio, os autores tratam abertamente com a campanha presidencial de 2008 do então senador Barack H. Obama eo reverendo Jeremiah Wright / media Louis Farrakhan criado nexo e polêmica artificial, que dominou as ondas.

“It has reached the point today that any Black person rising to national prominence must first declare publicly his or her galactic distance from Black leaders branded with the Jewish scarlet letter—before any other issue can be addressed … In this extraordinary exercise of raw Jewish political intimidation, a fabricated threat of 'black Anti-Semitism' was elevated in importance above two wars, a crashing economy, the health care crisis, home foreclosures, education reform, drug violence, rising unemployment, and many other serious concerns, in order to upbraid the Black man of ever thinking about a relationship with those Black leaders unacceptable to the Jewish people.” (p. ix) "Ele chegou ao ponto de hoje que qualquer pessoa negra levantando-se a proeminência nacional deve primeiro declarar publicamente a sua distância galáctica de líderes negros marcados com a letra escarlate judeu antes de qualquer outra questão pode ser abordada ... Neste exercício extraordinário de matérias-primas judaica político intimidação, ameaça fabricado de 'black Anti-semitismo "foi elevado de importância acima de duas guerras, uma economia cair, a crise de saúde, as execuções hipotecárias, a reforma da educação, a violência das drogas, o aumento do desemprego, e muitos outros problemas graves, a fim de censurar o homem negro de sempre pensar em um relacionamento com os líderes negros inaceitável para o povo judeu. "(p. ix)

In Chapter One titled “Blacks and Jews in the Jim Crow South,” the writers begin to outline the process by which slavery and White Supremacy became ironclad cultural realities. No primeiro capítulo intitulado "Os negros e judeus no Sul de Jim Crow", os escritores começam a delinear o processo pelo qual a escravidão e tornou-se White Supremacy ironclad realidades culturais. Throughout the book, it is shown that Jews in America consistently used the Talmud, their holy book of rabbinical wisdom, as an ideological tether as they sought to expand their cultural penetration and commercial presence. Ao longo do livro, é mostrado que os judeus na América sempre usou o Talmud, o seu livro sagrado da sabedoria rabínica, como uma corrente ideológica que se procurou alargar a sua penetração cultural e comercial presença.

Researchers found that liens, sharecropping and the characteristics of the entire agricultural economy established in the South are found in the Talmudic texts—ostensibly acting as a business manual for the Jewish people. Os pesquisadores descobriram que liens, parceria e as características de toda a economia agrícola estabelecida no Sul são encontrados no Talmud, textos aparentemente agindo como um manual de negócios para o povo judeu. The success of its implementation led to explosive monetary growth, allowing them to graft themselves onto a host in order to become financially stronger in a symbiotic yet parasitic relationship to all those with whom they came into contact. O sucesso da sua aplicação levou a um crescimento explosivo monetária, permitindo-lhes se enxertam em um host, a fim de tornar-se financeiramente mais forte em uma relação simbiótica parasitárias ainda a todos aqueles com os quais entrou em contato. Many Jews even obtained prominent political positions, detailed in the chapter “Jewish Political Power in the Apartheid South.” Muitos judeus, mesmo obtidos cargos políticos de destaque, detalhado no capítulo "judeu Poder Político no Sul do Apartheid".


Min. Min. Farrakhan uncovers truth of Black-Jewish relations during June 26 Atlanta address. Photo: Andrea Muhammad Farrakhan descobre verdade sobre as relações judaico-Negro durante 26 jun endereço Atlanta. Foto: Andrea Muhammad
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'The fact is that many of the largest and most successful Jewish businesses were founded and developed into major operations in the South, under the most racially hostile conditions that have ever existed. "O fato é que muitas das mais bem sucedidas e maiores empresas judaicas foram fundadas e desenvolvidas em grandes operações no sul do país, sob a condições mais hostis racial que nunca existiu. (p.173)' (P.173) "
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The Nation of Islam uncovered documents showing Jews built massive cotton marketing businesses owning thousands of acres of plantations. A Nação do Islã descobriu documentos que comprovem os judeus construíram negócios de algodão maciço marketing que possuem milhares de hectares de plantações. Indeed, much of the slave-picked cotton produced in the Mississippi Delta region was marketed internationally by Jewish merchants. Na verdade, a maior parte do algodão escravo pegou produzido na região do delta do Mississippi foi comercializado internacionalmente por comerciantes judeus. Indisputably, Blacks picked the cotton. Indiscutivelmente, os negros escolheram o algodão. Jews simultaneously established their dominance in the “needle trades” or textiles industry, the banking industry as well as a significant—even if little known—role in the formation of labor unions, which allowed them to exercise control over jobs and contracts. Simultaneamente judeus estabeleceram seu domínio no comércio "agulha" ou indústria têxtil, o sector bancário, bem como uma significativa, mesmo que pouco conhecido papel-na formação de sindicatos, que lhes permitiam exercer um controlo sobre empregos e contratos.

After reading this detailed research it is clear why the prominent Jewish writer David L. Cohn would write that cotton was “a form of mysticism … a religion and a way of life … omnipresent here as a god is omnipresent.” (p. 197) It is also clear why the Museum of the Southern Jewish Experience in Jackson, Miss., could not ignore the “cotton factor” when speaking about the history of Jews in the south, along with the Jewish role in the Confederacy. Depois de ler esta investigação detalhada é claro por que o proeminente escritor judeu, David L. Cohn ia escrever que o algodão era "uma forma de misticismo ... uma religião e um modo de vida ... aqui onipresente como um deus é onipresente." (P. 197) É igualmente claro por que o Museu da experiência judaica do sul em Jackson, Mississipi, não podia ignorar o "algodão" factor quando se fala sobre a história dos judeus no sul, junto com o papel judaica na Confederação. These facts have remained virtually unknown to the general public. Esses fatos têm permanecido praticamente desconhecido do público em geral.

In the chapter “Forty Acres & the Jews: Heirs to the Slave Baron” readers will be floored by the extensive and seemingly ubiquitous network of Jewish bankers that was established across the South in a relatively short amount of time. No capítulo "Quarenta Acres e os judeus: os herdeiros do Barão Slave" leitores serão pavimentados pela rede extensa e aparentemente onipresente de banqueiros judeus, que foi criado através do sul em um período relativamente curto de tempo.

“This Jewish banking network was certainly not limited to the South, but existed in every area of the continent where Jews settled and opened businesses. "Esta rede bancária judaica não era certamente limitada ao Sul, mas existe em todas as áreas do continente onde os judeus assentados e abriu os negócios. This study focuses on the Jewish bankers of the south because of their direct impact on the fortunes of the Southern Black population.” (p.165) Este estudo incide sobre os banqueiros judeus do sul devido ao seu impacto direto sobre o destino da população negra do sul. "(P.165)

Serving as a case in point, this led B'nai B'rith organizer Charles Wessolowsky to write the following in 1878: Servindo como um caso em questão, o que levou B'nai B'rith organizador Charles Wessolowsky a escrever o seguinte em 1878:

“We find here [in Houston] Jewish bankers, lawyers, and merchants doing extensive and large business in all branches of commerce.”(p. 171) "Nós encontramos aqui [no] judaica Houston banqueiros, advogados, comerciantes e fazendo extensas e grandes empresas em todos os ramos do comércio." (P. 171)

Several pages of charts detailing their banking connections in 14 southern states are listed. Várias páginas de cartas detalhando suas conexões bancárias em 14 estados do sul são listados. Truly diligent researchers who want to go even further will be inspired to “connect the dots” between those bankers, their banks, and the “family ties” of their modern day manifestations. Verdadeiramente investigadores diligentes que querem ir ainda mais longe será inspirado em "ligar os pontos" entre os banqueiros, os bancos, e os laços familiares "de suas manifestações moderna. Some of the dots are connected for you, for example the recently collapsed investment banking goliath Lehman Brothers. Alguns dos pontos são conectados por você, por exemplo, a banca de investimento recentemente desabou goliath Lehman Brothers. A 23-year old German immigrant named Henry Lehman opened “a tiny general store” in Montgomery, Ala., in 1844. A 23 anos de idade chamado imigrante alemão Henry Lehman abriu "uma pequena loja em geral", em Montgomery, Alabama, em 1844. (p.206) Within six years, his two brothers joined him, creating what would become Lehman Brothers, all starting from that small store, which opened directly across from the town's main slave trading block. (P.206) No prazo de seis anos, seus dois irmãos se juntaram a ele, criando o que seria o Lehman Brothers, todos a partir dessa pequena loja, que abriu em frente do bloco principal da cidade de escravos.

Predictably, as with Volume One, some critics will claim quotes and information is used in the book devoid of context, but what can possibly be out of context about the most prominent Jew in America at that time financing the Ku Klux Klan? Previsivelmente, tal como acontece com Volume One, alguns críticos afirmem citações ea informação é usada no livro desprovido de contexto, mas que pode, eventualmente, ser fora de contexto sobre os judeus mais proeminentes nos Estados Unidos naquela época o financiamento da Ku Klux Klan? In fact, Judah P. Benjamin, a noted KKK financier was the leader of the Louisiana Democratic Party (p. 122). Na verdade, Judah P. Benjamin, um notável financista KKK foi o líder do Partido Democrático Louisiana (p. 122). What is “out of context” about the top rabbis claiming Blacks are “cursed sons of Ham” which incidentally became the foundation of the White Supremacist doctrine? O que é "fora de contexto", sobre os rabinos top reivindicando os negros são "amaldiçoados filhos de Cão" que, aliás, se tornou a base da doutrina da supremacia branca? How does one explain the fact that Jewish business owners not only survived but thrived in the Jim Crow South when the Ku Klux Klan—basically the military arm of White Supremacy—lynched and murdered Blacks with impunity. Como explicar o fato de que judeus proprietários de negócios não apenas sobreviveram, mas prosperaram no Jim Crow do Sul quando o Ku Klux Klan, basicamente o braço militar de White Supremacy-negros linchados e assassinados impunemente.

“The fact is that many of the largest and most successful Jewish businesses were founded and developed into major operations in the South, under the most racially hostile conditions that have ever existed.”(p.173) "O fato é que muitas das mais bem sucedidas e maiores empresas judaicas foram fundadas e desenvolvidas em grandes operações no sul do país, sob a condições mais hostis racial que nunca existiu." (P.173)

The accepted historical narrative is that Jews faced persecution on par with Blacks during that time. A narrativa histórica é aceite que os judeus perseguidos na paridade com os negros durante esse tempo. According to the research, this appears to be at variance with the facts recorded in writings by their own Jewish scholars. Segundo a pesquisa, este parece estar em contradição com os fatos registrados nos escritos pelos próprios acadêmicos judeus. In fact, historical (and documented) Jewish support for the KKK in very real and, in modern terms, is tantamount to what is commonly called “material support for terrorism” per the Patriot Act. De fato, histórico (e documentado) para o apoio judeu em KKK muito real e, em termos modernos, é equivalente ao que é comumente chamado de "apoio material ao terrorismo" por a Lei Patriota.

During a time of bloody and paralyzing violence in the South, led by the KKK, Jews erected ornate synagogues while holding interchangeable racial views and a deep bond of freemasonry, even participating in some of the anti-Black mob violence. Durante um período de sangrentas e paralisar a violência no sul do país, liderada pelo KKK, os judeus erguido sinagogas ornate mantendo intercambiáveis vista racial e uma ligação profunda da Maçonaria, mesmo participando em algumas das medidas anti-violência da multidão negra. Again, these are not opinions. Novamente, essas não são opiniões. The Nation of Islam, using reputable Jewish sources, compiled this information. A Nação do Islã, com respeitáveis fontes judaicas, compilou esta informação.

Jewish American historian Philip S. Foner in his 1975 work titled “Black-Jewish Relations in the Opening Years of the Twentieth Century” wrote: Historiador judeu americano Philip S. Foner em 1975 seu trabalho intitulado "relações entre negros e judeus nos anos iniciais do século XX", escreveu:

“Unfortunately, little aid came from the Jewish community or press … as blacks continued to be legally disenfranchised, pushed more deeply into a segregated society, and met by an orgy of lynchings and anti-Negro riots in the South (and sometimes even in the North) when they protested.”(p. 406) "Infelizmente, pouca ajuda veio da comunidade judaica ou prima ... enquanto os negros continuaram a ser legalmente disenfranchised, empurrou mais profundamente em uma sociedade segregada, e reuniu-se por uma orgia de linchamentos e motins anti-Negro no sul do país (e às vezes até no Norte), quando protestei. "(p. 406)

The research has shown that even in areas where Jews were prominent religious and political leaders, violent attacks on Blacks still took place, without any words of condemnation recorded in the Jewish press. A pesquisa demonstrou que mesmo em áreas onde os judeus eram proeminentes líderes religiosos e políticos, os ataques violentos contra os negros ainda assim ocorreu, sem nenhuma palavra de condenação registrado na imprensa judaica. Some would find this to be quiet complicity, others may see this as tacit approval. Alguns poderiam achar que isso seja cúmplice silencioso, os outros podem ver isso como aprovação tácita.

Regardless, these are all topics that must be honestly discussed. Não obstante, todos estes são temas que devem ser honestamente discutido. The questions raised in this volume must be answered. As questões levantadas neste volume devem ser respondidas. Much of this information would never have been known, were it not for the research of the Nation of Islam. Muita dessa informação não teria sido conhecida se não fosse para a pesquisa da Nação do Islã. Many will embrace the book, others will condemn it, but one thing is for sure, its presence will not be met with silence. Muitos vão abraçar o livro, outros vão condená-la, mas uma coisa é certa, sua presença não será satisfeita com o silêncio. The question is, what will journalists, politicians, entertainers, professors, business owners, students and scholars do once they know the truth? A questão é, o que jornalistas, políticos, artistas, professores, empresários, estudantes e estudiosos fazem quando sabem a verdade?

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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Por quanto tempo o mundo civilizado tolerar a barbárie do sionismo judeu?

Criminosos em terra, mar e ar
O mundo acordou indignado segunda-feira após a aprendizagem de uma nova matança perpetrada por tropas israelenses, desta vez contra uma flotilha que transportam ajuda humanitária para a Palestina, matando uma dúzia de pessoas, ato bárbaro que obriga a uma profunda questão: por quanto tempo o mundo civilizado tolerar os crimes do estado sionista de Israel, tu, o Império, a vergonha e aberração da espécie humana?


Porque é tão grande banho de sangue provocado pelo bárbaros modernos, que estão na casa dos milhões de vítimas de massacres cometidos por seu exército contra o povo do Oriente Médio, as atrocidades genocídio que fazer como poucos têm visto na história humana , hoje, mais uma vez condenou o vício incontrolável para o crime do sionismo, que mata por prazer, sem parar para pensar sobre o sub-humanas para suas ações.

E é que nem os animais da selva, e matar, porque quando o fazem é para sobreviver à fome, e não pelo simples prazer de ver o fluxo de sangue, tais como o estado sionista de Israel na cegueira insana não perdoa que domina a vida dos homens, crianças, idosos e mulheres igualmente, ao atacar países perfidamente assassina como o Líbano ea Palestina, aldeias indiscriminadamente bombardeio, cidades e campos de refugiados.

Que o genocídio começou há 62 anos com a criação ilegítimo em 1948, o estado sionista de Israel, e mesmo antes, quando mataram o mandato britânico sobre a Palestina exercido, deixou 19 séculos antes de os judeus, e depois descasque e cidades palestinas enterrado em uma vala comum de mais de 200 das vítimas e os sobreviventes foram expulsos e forçados a viver em campos de infâmia.

A partir daí começou o calvário do povo palestino, a estrada rochosa de dor, sangue e lágrimas marcado por uma série infindável de massacres como o de Sabra e Shakila e outros crimes contra a humanidade que se multiplicaram ao longo do tempo de horror e indignação do mundo como uma testemunha impotente de uma era de terror e destruição imposta à humanidade com a impunidade, o sionismo.

A construção do muro da vergonha "que separa as famílias ea destruição das suas culturas, a perda de terreno para construção de assentamentos ilegais, demolições de casas, detenções, tortura e detenção e desaparecimento forçado de pessoas, incluindo crianças e mulheres restringir o direito de uso da água e "assassinatos seletivos" são parte do projeto de extermínio, projetado pelo sionismo a desaparecer para o povo palestino.

O plano do mal, expandida e melhorada versão da "Solução Final", a criação de Hitler, incluindo o horror como o elemento central da guerra, desencadeada contra o Líbano, invadido e ocupado por soldados sionistas como parte da mal chamada "Operação Paz para a Galiléia ", em 1982, na sequência da" Operação Litani "de 1978 que teve o apoio da milícia cristã libanesa, o Exército do Sul do Líbano (SLA) e, claro, com seu mestre, E.U.A..

Quatorze anos mais tarde sionismo novamente invadiu o país em 12 de julho de 2006 em uma operação chamada "justa recompensa", sob o pretexto de libertar dois soldados que cruzaram a fronteira e foram capturados por guerrilheiros da organização xiita Hezbollah que os Estados Unidos, Israel e União Européia consideram um grupo terrorista, quando na verdade lutando contra aqueles que se atrevem a invadir e ocupar o seu país.

Mas esse conflito tornou-se um fracasso para o sionismo que teve de lidar com combatentes do Hezbollah em uma guerra assimétrica, que terminou o mito da invencibilidade do exército israelita, que, após 32 dias de violentos combates, apesar da morte e da destruição causada pelos milhares de bombas lançadas por aviões sobre as aldeias e cidades judaicas, teve de se aposentar derrotado e humilhado o país que tinham invadido, sem libertar os soldados.

Mas a história da guerra sionista, cujo objetivo é o extermínio do povo palestino não podia terminar desse jeito, e 27 de dezembro, 2008 O exército israelita desencadeou seu exército inteiro pôde na Faixa de Gaza, uma das mais sangrentas ofensiva por ar, mar e terra contra uma população indefesa, a história registra o crime como "a matança de Gaza."

Ela foi batizada com esse nome, pela elevada mortalidade de civis inocentes mortos durante os 22 dias do genocídio, e que dos 1.434 palestinos mortos, quase mil eram crianças, mulheres e idosos e apenas a poucos lutadores do Hamas, a organização de combatentes que enfrentaram os invasores, que só teve 11 mortes e 236 feridos.

O Estado sionista de Israel não pode perdoar o Hamas vencer as eleições legislativas palestinas em 2006, a vitória arrebatadora e memorável sobre rival Fatah, e em vingança começou um boicote político e econômico sobre o novo governo, com apoio E.U. A União Europeia, Japão, Austrália e Canadá, que consideram o Hamas uma organização terrorista como o Hezbollah.

As medidas de retaliação que incluíram corte do abastecimento de água, eletricidade, medicamentos, comida, combustível. que agravou a situação de fome, pobreza e desemprego entre a população de Gaza, que, em seguida, levá-los através de uma rede de túneis que atravessam a fronteira do Egito, e que os sionistas freqüentemente bombardeados pelo Hamas, que consideram é fornecido por foguetes Qassam, ocasionalmente lançando mísseis artesanais contra o território de Israel.

No conflito que os sionistas caiu milhares de bombas e mísseis sobre alvos civis e alguns deles vieram para atender os escritórios da ONU, e também usado armas proibidas como o fósforo terrível "branco, agente químico que causa queimaduras terríveis e afectadas dezenas de pessoas na sua maioria crianças e mulheres, muitos dos quais morreram na guerra inútil e sem sentido, como todas as guerras, que terminou em 18 de janeiro de 2009, deixando um rastro indelével de morte e destruição.

E como ontem, quando o mundo condena o genocídio, estão de volta as vozes de protesto ao redor do mundo, desta vez com o ataque realizado na manhã de segunda-feira em águas internacionais pelas tropas sionistas e século XXI, os piratas modernos helicópteros se aproximou dos navios que transportavam ajuda humanitária ao povo palestiniano, a ação covarde e vil, que matou duas dezenas de pessoas.

E entre as primeiras vozes a condenar este novo genocídio do sionismo foi a de Hugo Chávez, comandante e presidente da República Bolivariana da Venezuela, que aparece na vanguarda da defesa da vida das pessoas, como aconteceu quando os E.U. desencadeada guerra no Afeganistão em 2001 ea guerra do Iraque, em 2003, mostrando as fotos mães com raiva de crianças mortas em seus braços, vítimas de mísseis disparados de aviões ianques.

Fê-lo novamente quando Israel desencadeou a sua guerra imoral contra o Líbano em 2006 e novamente em 2009, quando o genocídio na Faixa de Gaza, em ambas as ocasiões, expulsando o embaixador sionista credenciados em Caracas e foi mais longe em sua condenação, quando juntos com o seu homólogo boliviano, Evo Morales, rompeu relações diplomáticas com Tel Aviv, ligado a apenas dois presidentes no mundo que têm quebrado os laços com o estado sionista de Israel.

Não é que Chávez é contra o povo judeu, ele sabe, como todo mundo é um nobre, amantes da paz e inteligente, que deu ao mundo homens e mulheres que tenham contribuído para o desenvolvimento global eo bem-estar no campo científica e os condena económica e cultural, e tudo o que isso significa violência e da guerra, porque tem sido ao longo dos séculos uma vítima de massacres, o genocídio semelhante ao que agora faz com que o estado sionista de Israel.

Prova disto desejo de paz que está no coração de cada judeu verdadeiro é a declaração emitida há cinco dias em Paris mais de 500 destacados intelectuais israelenses na condenação "política imoral" do governo sionista, reconhecendo que "o Estado Israel enfrenta um processo de "inaceitáveis de descrédito e de paz a serem alcançados com urgência com o povo palestino por meio da solução de dois Estados".

"Israel", destaca a afirmação "serão confrontados com duas opções igualmente desastrosos: se um Estado em que os judeus são uma minoria, ou criar um regime que é uma vergonha para o país, resultando em agitação social", afirmando a seguir "É perigoso para o apoio sistemático dos judeus às políticas do governo israelense, porque serve os verdadeiros interesses do Estado de Israel."

Mas, nenhuma das críticas feitas contra o Estado sionista de Israel foram ouvidas por seus dirigentes, que continuam surdos e cegos sua forma de violência e da guerra, apesar da condenação unânime da comunidade internacional, como se fosse o dono de uma patente Corso de violar todos os princípio morais e éticos, ignorando a mensagem inteligente da razão contida nas palavras de Benito Juarez, que afirma que "entre os indivíduos e entre as nações, o respeito pelo direito alheio é a paz."

E nenhuma razão é que o poder do estado sionista é o apoio que recebe de os E.U., convertido pelo monstro que ele criou o mal, um prisioneiro de sua vontade, manipulados por seus líderes do lobby judaico na política de Washington ditames continuar a preservar e valorizar, através de guerras de conquista seu domínio sobre o mundo, reforçando o controle sionista sobre o Império, como explicado por uma reportagem publicada em agosto de Iar 2006.

O trabalho jornalístico, intitulado "Chávez e do lobby judeu. Por que ninguém parar o massacre do Líbano '", referindo-se ao genocídio, naqueles dias de agosto, o Exército israelense cometeu nesse país, a atitude corajosa e firme do comandante Chávez, que rompeu o silêncio cúmplice de denunciar perante o mundo que crime contra a humanidade, eo poder que Washington leva o lobby sionista.

E a mesma pergunta no título da história, agora que muitos no mundo depois de aprender o mais atrasado na massacres do exército israelense nesta segunda-feira matou duas dezenas de activistas dos direitos humanos, têm uma resposta nesse artigo, que fazem parte dos seguintes parágrafos.

"Como você qualifica um evento desta natureza" genocídio "" Holocausto "assassinato em massa" "sadismo estado penal" Dementia "sionista" psicopatia "genocídio racial"

"Chame-lhe o que quiser: a classificação não é importante, é um abate impunemente, à luz do dia e aberto face, só possível graças ao silêncio ea cumplicidade dos governos, incluindo os árabes, que não se move por 25 dias um dedo para parar a matança. "

"No entanto, entre a indiferença ou distorcida frase sem mencionar Israel como o agressor, Hugo Chávez, o presidente da Venezuela, fazendo o oposto do resto, atirou uma pedra na lagoa de cumplicidade."

"Na semana passada, Chávez ordenou a retirada do embaixador da Venezuela em Israel para protestar contra a invasão eo massacre que este país está a cometer no Médio Oriente".

"Esse exemplo define claramente Chavez acção diplomática em primeiro lugar, se for complementado por uma repartição das relações comerciais e um bloqueio de bens de Israel por parte dos governos ao redor do mundo, pare imediatamente a ação de Israel e paralisar sua economia e precipitar uma crise insuperável em seu governo. Simples, rápido, forte, como assassinos de mísseis do Estado de Israel: a ruptura de relações diplomáticas e comerciais, e bloquear a produtos de Israel = Estado judeu em crise e isolado ".

"Chávez deu a primeira é simbólica, a preliminar em primeiro lugar, como acabar com a impunidade do militarismo sionista de Tel Aviv. Por que não imitar o resto "

"A resposta também é simples: a partir de bancos, finanças, câmaras de comércio, mídia, indústrias culturais, a Reserva Federal, Wall Street eo dólar (ambos a nível nacional e internacional) são controladas e / ou geridos por judeus e / ou grupos judaicos. Se alguém tiver alguma dúvida para investigar e verificar. Essa é a simples explicação de porque o resto do governo, incluindo o árabe imitar Chávez. "

"Por razões que ninguém está puxando os sobreviventes do lobby, porque o lobby, simplesmente, é o sistema. E o lobby judeu (com tanques e aviões de Israel) está sendo mortas no Líbano. "

É por isso que há mais de 60 anos, quando ele criou esse monstro mal do estado sionista, continua a matar pessoas, crime contra a humanidade que só pode ser interrompido, assumindo a coragem ea decisão do comandante para romper as relações comerciais Chávez juntamente com um bloqueio global de produtos de Israel, precipitando assim uma crise para o governo intransponível Tel Aviv, com plenos poderes de seu lobby não pode conter.

Essa é a simples e única resposta para a pergunta título deste artigo que qualquer ser humano decente pode dar, esquecendo o medo, medo e retaliação, porque quando a justiça está do seu lado, não importa bombas, tanques, mísseis e aviões que silenciaram vozes como Chávez, que rompeu o silêncio dos tímidos e cobardes para denunciar perante o mundo o estado sionista genocida de Israel.

Por Cifuentes Hernán Mena.

terça-feira, 1 de junho de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

carta de karl marx ao rabino baruch




Foi publicada esta carta no"Revue de Paris" o 1 de xuño de 1928, pág. 574, así como en na obra "Israel, son passé, son avenir" do historiador sueco H. de Vries de Heekelingen, edizón francesa de 1937, pág. 104, e en varias publicazóns do profesor sueco Einar Aberg. Recuperada das pertenzas de Marx tras a sua morte é considerada autentica por historiadores de prestixio. Segun parece esta carta ecribiulla en 1848 ao seu rabino, pouco despois de ter concluido o "Manifesto comunista".




"Todo o povo israelí será, por sí mesmo, o seu propio Mesías (...) o seu dominio do mundo alcanzarase coa unificazón de todas as outras razas (...) Eliminando as fronteiras e as monarquías conseguirase rematar cas particularidades para instaurar unha República Mundial que procurará, por todo o mundo, os dereitos para os israelíes (...) Nesta nova organizazón da humanidade, os fillos de Israel, repartidos por todos os rincóns da terra, convertiranse en todas partes e sen oposizón algunha, na clase dirixente, sobre todo se conseguen colocar ás masas obreiras baixo o seu control exclusivo. Os governos das nazóns integrantes desta futura República Universal cairán, sen esforzo, nas mans dos israelitas, grazas á vitoria do proletariado. A propiedade privada poderá enton ser suprimida polos governantes de raza xudía, que administran en todas partes os fondos públicos. Así, realizarase a promesa do Talmud, según a cal, cando chegue o tiempo do Mesías, os xudeos poseeremos os bens de todos os povos da Terra"




Ligazóns:


http://es.metapedia.org/wiki/Carta_de_Karl_Marx_a_Baruch_Levi

segunda-feira, 10 de maio de 2010

LULA ameaçando Boris Casoy

Luta por legitimação











Quase sete anos depois da edição da lei que torna obrigatórios os conteúdos de história e cultura africanas e afro-brasileiras, os negros continuam lutando pelo reconhecimento de suas contribuições culturais e por aceitação no espaço escolar

Rachel Cardoso





Detalhe da obra O cortejo, de Nelson Leirner

O Supremo Tribunal Federal será palco, no primeiro semestre deste ano, de debates sobre as cotas raciais em universidades - divisor de opiniões sobre a chaga do racismo no país. O fato de o tema ter chegado a tal instância é um indício de sua efervescência na sociedade. É a primeira vez na história nacional que o assunto marca presença na mais alta corte federal. Mas chega com atraso de pelo menos duas décadas em relação a países de passado igualmente escravista, como os Estados Unidos, onde uma agenda pós-racial, em que a educação tem papel de destaque na promoção da igualdade social, desaguou na eleição do primeiro presidente negro do país, o democrata Barack Obama. Por aqui, o martelo da Corte pode funcionar como um divisor de águas para as políticas públicas na medida em que poderá significar a admissão do racismo e constituir-se no primeiro passo para o reconhecimento dos prejuízos que ele produz, além de afirmar a constitucionalidade ou não das medidas de ações afirmativas.
É nesse cenário que aparece hoje a questão da inserção social do negro, quadro que ganha contornos próprios no ambiente escolar, espaço ora de ratificação de preconceitos, ora de inflexão de costumes e visões. Trata-se de uma situação complexa, cujas raízes estão diretamente relacionadas a uma cultura da ignorância. De modo geral, faltam conhecimento, referência e memória à população em geral, dentro e fora da sala de aula. "Percebemos muitas atrocidades no contato diário com os professores que nos visitam", diz a coordenadora do Núcleo de Educação do Museu AfroBrasil, Renata Felinto. "Muitos educadores tratam as leis que incluem a história afro-brasileira no currículo escolar como modismo. Em função disso, quase nada mudou."

Ainda está presente no imaginário coletivo a imagem do homem negro como indolente, mas ao mesmo tempo mais forte do que os outros, o que teria sido a causa de sua escolha para a escravidão. Confundido com a malandragem no passado, está associado à criminalidade nos dias de hoje, avalia a educadora. "No cotidiano, o senso comum é que o negro é sempre um suspeito em potencial. As mulheres, por sua vez, são vistas como úteis para prestar serviços domésticos como babás, empregadas e cozinheiras, feias, porque fora do padrão de beleza branco", lembra Renata.

Não há percepção coletiva de que o histórico de falta de oportunidades leva ao reforço do estigma. O que explica em parte a ideologia do branqueamento. Vide o caso do escritor Machado de Assis, que, mulato, perdeu, para alguns, contato com seu universo de origem. "Quanto mais erudito menos negro", explica Renata. "Símbolos como a capoeira, a feijoada, o carnaval, o samba e até as mulatas são destacados como diferenciais da cultura brasileira no exterior, mas internamente ninguém assume a própria origem e o que se exalta é sempre a ascendência europeia."

Até quando o assunto é samba há polêmica. É consensual a importância do negro e de seu universo festivo e religioso na formação daquela que viria a ser considerada a música símbolo do país. Nessa linha, o samba é visto como um movimento de continuidade e afirmação dos valores culturais negros, uma cultura não oficial e alternativa, que seria uma forma de resistência cultural ao modo de produção dominante da sociedade do início do século 20. Mas há quem lembre a expropriação cultural do negro, exemplificada na estratégia da sociedade branca dominante, que enfraqueceu o caráter étnico das associações carnavalescas dos negros e do próprio samba como gênero musical, impedindo que se tornassem elementos de construção de uma consciência negra. Como aponta o historiador Marcos Napolitano em A síncope das ideias (Perseu Abramo, 2007), o samba foi objeto de disputa simbólica assim que se constituiu como fenômeno da indústria cultural, ainda nos anos 30 do século passado. De um lado, o governo Vargas buscando apropriar-se dos símbolos populares e associá-los ao trabalho; de outro, os sambistas que transitavam nas margens do sistema e cantavam a vida boêmia.

Há ainda aqueles que rejeitam as teses que localizam o samba como patrimônio cultural negro, expropriado pelos brancos e transformado em artigo de consumo. O certo é que sempre que se ressalta a importância política do samba e da música popular em geral, os ícones são muito mais brancos do que negros. Dos anos 60, por exemplo, guarda-se muito mais a memória dos festivais televisivos, com as presenças de Chico Buarque, Caetano Veloso e Edu Lobo, do que dos shows do Rosa de Ouro, em que Hermínio Bello de Carvalho reunia Clementina de Jesus, Elton Medeiros e Paulinho da Viola.

O imaginário nacional reproduzido nas salas de aula acaba sendo pautado pelos mesmos lapsos, tanto de alunos quanto de adultos. Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, onde a segregação sempre foi mais demarcada, inclusive nos espaços físicos das cidades, no Brasil o preconceito é mais velado e sinuoso. Suas mazelas, porém, começam cedo. Desde a primeira infância, a criança é exposta quase que unilateralmente à literatura infantil de referência europeia. Nos contos de fadas mais populares não existem princesas ou heróis negros.

Para derrubar mitos como esses, o Museu AfroBrasil, utiliza obras como O baile, da artista plástica Rosana Paulino, que vai além das questões raciais. Não se trata de ser pior ou melhor, mas de mostrar como tratar as diferenças em pé de igualdade, pluralizando o acesso às histórias de outras origens. "As meninas sempre associam a silhueta à cinderela dançando com o príncipe encantado", diz Renata. "O nosso trabalho é mostrar que existem alternativas àquelas tradicionais histórias e mudar o padrão de beleza que frustra quem não é magra e loura."

Expressão linguística
Não é preciso procurar muito para perceber que entre crianças e jovens é costume lançar mão de expressões verbais que perpetuam o racismo em situações corriqueiras de desentendimento dentro do ambiente escolar. Hostilizados, os alunos negros tendem a se retrair e a abandonar os estudos por conta de atitudes que demandam intervenção firme dos professores e gestores educacionais. Em vez da sensibilidade para lidar com o fato, no entanto, habitualmente o que impera é o silêncio. Os resultados acabam aparecendo nas estatísticas que comparam a presença de brancos e negros e a defasagem idade-série, por exemplo.











Nossa Senhora com menino, escultura de Maurino Araújo: imaginário coletivo ainda vê as mulheres como babás, empregadas e cozinheiras

Fazer vista grossa parece ser a saída mais fácil quando não há argumentos para esclarecer os valores das diferenças étnico-raciais para a formação da sociedade contemporânea, como a contribuição dos africanos escravizados para a agricultura, a metalurgia e a ourivesaria, entre outras. Uma sabedoria que os colonos portugueses não tinham. "Mesmo o diversificado vocabulário da língua portuguesa guarda uma série de palavras de origem Banto", diz Renata, em referência às línguas africanas. É o caso de lengalenga (conversa enfadonha, ladainha). Por essas e outras peculiaridades, a arte-educadora condena a alteração da Lei 10.639, que por meio de um aditivo coloca no mesmo balaio as histórias africanas, afro-brasileiras e indígenas.

Trata-se da Lei 11.645, sancionada em 2008, que institui a obrigatoriedade da inclusão de conteúdos relativos a essas culturas no currículo escolar. "A incorporação dessas leis é tênue e sem maiores reflexões é impossível modificar a realidade", atesta o coordenador do Programa de Educação do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), Antonio Malachias. "Embora a visão seja mais positiva, é preciso avançar na formação inicial e continuada não somente de professores, mas de gestores para promover uma mudança de fato na base, que é a escola pública."

Essa, visivelmente, é uma preocupação ainda muito restrita às organizações ligadas ao Movimento Negro. É do Ceert, por exemplo, o Prêmio Educar para Igualdade Racial, que desde sua primeira edição, em 2002, ocupa papel de destaque entre as ações educativas existentes em todo o país, como impulsoras de uma educação livre de racismo, preconceito e discriminações (leia texto na pág. 36). Acumula mais de mil experiências de todo o território nacional, que se constituem em fonte de informação de boas práticas escolares. Nesta 4ª edição, além da categoria professor, serão premiadas experiências de escolas.

No mesmo caminho, a ONG Ação Educativa desenvolve pesquisas para definir metodologias que promovam a igualdade racial nas escolas levando em conta experiências de diversas partes do mundo. O trabalho é feito em parceria com a comunidade escolar - professores, gestores e funcionários, além de pais, alunos e comunidade.
Também entre as ações afirmativas está o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino da Cultura e História Afro-Brasileira e Africana, do governo federal. A proposta é reduzir desigualdades na educação, tornar a escola mais acolhedora e valorizar cultura e história do povo negro na formação da sociedade brasileira.

Combate à ideologia do fracasso
Embora o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira seja obrigatório, não há, de forma efetiva, cursos de formação e preparação de docentes para que trabalhem esses conteúdos a partir do currículo, em especial nas disciplinas de história, língua portuguesa e artes. "A maioria se diz despreparada para abordar a temática étnico-racial porque nunca teve isso na vida", diz Malachias.

Reconhecer o histórico de racismo e preconceito e estabelecer uma relação afetuosa e democrática de orientação não é tão simples. "Embora não se possa apontar elementos que identifiquem professores racistas, é possível identificar práticas racistas. Entre elas, o silêncio diante de determinadas atitudes e o isolamento do negro por conta de uma preferência do inconsciente permeado por uma hegemonia branca", avalia o coordenador do Ceert.

Estudos, como a dissertação de mestrado de Fabiana Oliveira ("Relações raciais nas creches"), defendida na Federal de São Carlos, mostram que há racismo mesmo no ensino infantil. Não é tão ostensivo, mas cria marcas: meninas brancas são princesas, lindas; negras são relegadas ao silêncio, quando não são objeto de preconceito explícito. Como a primeira infância é vital na formação da personalidade e no aprendizado futuro, essas "sutilezas" passam a ser determinantes. O próprio aprendizado da leitura e da escrita pode ficar comprometido em função desse afeto desbalanceado.

Malachias destaca que a ideologia do fracasso ainda é muito forte, uma vez que a escola pública não foi moldada para lidar com as minorias. "Mas tem muita coisa acontecendo nas comunidades, educadores que têm conseguido transformar toda a produção da periferia em termos de cultura."

Exemplo disso é Allan da Rosa, docente da Faculdade de Educação da USP, historiador, poeta, dramaturgo e organizador das Edições Toró - Literatura Periférica. É autor de Imaginário, corpo e caneta: matriz afro-brasileira em educação de jovens e adultos. Em entrevista ao Observatório da Educação, explica seu olhar sobre o tema:
"O imaginário é o corpo e está no corpo. É o nosso corpo que alimenta o imaginário e o imaginário que alimenta o nosso corpo. Quando nosso imaginário está na lama, seja da mídia graúda ou da escola, que continua rebatendo toneladas de preconceito em cima da gente, esse nosso imaginário vai sendo soterrado por uma areia podre. Então, temos essas resistências que não vivem só retraídas, mas que trazem anunciação também. A matriz afro-brasileira tem no seu imaginário formas muito valorosas de pensar relações de gênero, relações ecológicas, econômicas, relações com a arte, com o tempo. Não se trata de idealizar e achar que a matriz afro-brasileira apresenta um mundo perfeito. Mas como ela ficou à margem e dentro, gingando entre o oficial e o marginal, apresenta ainda alternativas que devem ser entendidas. E esse entendimento não vai brotar do prisma oficial de sempre, que só oferece estereótipos."

E segue : "Antes de cair na armadilha de achar que é um ganho estar representado na novela ou no outdoor, é preciso entender do que se está falando. Aí vamos procurar os fundamentos e ver como esses fundamentos surgem ou são omitidos, estes que não foram desenvolvidos na escola, porque meu povo não teve acesso à escola, mas que foram se dando nas comunidades, lidando com um conhecimento profundo e prático, que não deixa de ser teórico, vindo de uma intelectualidade que está ativa no seu próprio chão. Então, quais são as matrizes da cultura negra brasileira, como isso pode alimentar processos de educação de jovens e adultos, de educação infantil ou a arquitetura de uma mídia melhor? Para responder, fui estudar o imaginário, porque ele não é algo etéreo, que fica numa nuvem dentro da cabeça. O imaginário está em cada poro do corpo, em cada gesto, que se relaciona com o movimento, com a criatividade, com as nossas mitologias e com rituais."

Um movimento que ganha corpo nas comunidades e ajuda a trabalhar culturas que não nasceram na escola, mas que ao mesmo tempo dialogam com a educação, corrobora as teses de Allan. "O hip-hop foi muito importante para o jovem da periferia se autodenominar negro e ter orgulho disso", diz o escritor Alessandro Buzo. "O desconhecimento das raízes e das histórias dos antepassados pode levar a pessoa a ter vergonha da sua origem. A cultura é a melhor forma de combater a violência e o racismo."

Não à toa, o Ministério da Cultura, por meio das Secretarias da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC) e de Cidadania Cultural (SCC/MinC), lançou em janeiro último o primeiro edital do Prêmio Cultura Hip-Hop. A premiação será de R$ 1,7 milhão e contemplará iniciativas individuais e de grupos nas categorias Reconhecimento, Socioeducativa (Escola de Rua), Geração de Renda, Difusão/Conhecimento (5° Elemento) e Difusão - Menções Honrosas.

Para Ivan Lima, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará e do Núcleo Brasileiro Latino Americano e Caribenho de Estudos em Relações Raciais, Gênero e Movimentos Sociais (N’BLAC), a história do negro na educação brasileira ainda carece de maior amplitude. "Continuamos a estudá-lo a partir das características culturais mais visíveis como comida, vestimenta e música", diz. "Falta-nos uma perspectiva histórica de construção civilizatória, ou seja, o negro produtor de conhecimentos que também marcaram a civilização ocidental, que, no entanto, nega esse processo. E, mais do que isso, determina e impõe que a civilização é um atributo exclusivamente do universo grego-romano, e todo o resto da humanidade tem de se curvar a isto."

As dificuldades, destaca Lima, não se resumem à formação do professor. A produção de materiais didáticos que ampliem o conhecimento da cultura negra, de seus valores civilizatórios, de seus diferentes reinos, entre outros temas, é outro gargalo para que a lei de fato saia do papel. Não basta incluir apenas um retrato de um personagem negro nesse contexto. "O fato de aparecer uma família bem-sucedida numa novela de horário nobre não é um grande avanço. Avalio como uma resposta de uma emissora, que assim justifica sua pseudopreocupação com os debates gerados pelas desigualdades raciais. Mas continua a ser uma exceção à regra. Significativo seria se aparecessem várias famílias negras estruturadas, mas há pouco espaço para o debate público, assim como para as ações afirmativas e o estatuto da igualdade, entre outros", reflete Lima.

O mundo do trabalho
Não é diferente na vida real. "O mesmo quadro se reflete no mercado de trabalho", diz José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, cuja mantenedora é a Afrobras. Inaugurada em novembro de 2003, tem como foco a cultura, a história e os valores da cultura negra. Na matriz curricular de seus cursos, há o compromisso com a implantação da lei que institui como obrigatório o ensino de história da África e afro-brasileira em todos os níveis. Isso ajuda a conscientizar os alunos para que assumam seu lugar na sociedade. "Quantos negros você vê em cargos de juiz, promotor ou mesmo professor? A obrigatoriedade de uma lei é importante para provocar reflexão no agir e no pensar, mas é como colocar cimento sobre a boca de um vulcão em erupção", diz Vicente.

No artigo Ética enviesada da sociedade branca desvia o enfrentamento do problema negro, o falecido geógrafo Milton Santos explicita as causas desse cenário. "Aqui, o fato de que o trabalho do negro tenha sido, desde os inícios da história econômica, essencial à manutenção do bem-estar das classes dominantes deu-lhe um papel central na gestação e perpetuação de uma ética conservadora e desigualitária. Os interesses cristalizados produziram convicções escravocratas arraigadas e mantêm estereótipos que ultrapassam os limites do simbólico e têm incidência sobre os demais aspectos das relações sociais. Por isso, talvez ironicamente, a ascensão, por menor que seja, dos negros na escala social sempre deu lugar a expressões veladas ou ostensivas de ressentimentos - paradoxalmente contra as vítimas. Ao mesmo tempo, a opinião pública foi, por cinco séculos, treinada para desdenhar e, mesmo, não tolerar manifestações de inconformidade, vistas como um injustificável complexo de inferioridade, já que o Brasil, segundo a doutrina oficial, jamais acolhera nenhuma forma de discriminação ou preconceito", escreveu.

Em busca de caminhos
Como tratar de um câncer sem admitir que ele existe? O sociólogo Valter Silvério, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal de São Carlos (UfScar), recorda o episódio ocorrido em 2005 quando jovens franceses indignados com a discriminação, a pobreza e o desemprego queimaram milhares de carros nos subúrbios de Paris. "Não há democracia moderna com uma população plural que não tenha adotado uma política de igualação, embora a política de cotas por si só não seja suficiente."

Silvério crê, no entanto, que é preciso um trabalho de base para promover um contato mais realista das novas gerações com a diversidade, conceito que ainda reúne, sob o mesmo guarda-chuva, negros, índios, necessidades especiais, orientações sexuais e religiosas. "A didática pressupõe uma organização espacial diferente para cada um desses grupos. Por hora, as inclusões são pontuais e não mudam a filosofia do cotidiano escolar."

Como possibilidade de alterar esse cotidiano é interessante apontar que o movimento negro tem exercitado diferentes práticas educativas e proposto pedagogias que trazem elementos para a reversão de aspectos naturalizados no ensino. A pedagogia interétnica, desenvolvida no final da década de 70, em Salvador (BA), por exemplo, tem como objetivo fundamental o estudo e a pesquisa do etnocentrismo, do preconceito racial e do racismo transmitidos pelo processo de socialização ou educacional - família, comunicação, escola, sociedade global e meios de comunicação -, além de indicar medidas educativas para combater os referidos fenômenos, utilizando a história, a psicologia e a sociologia como elementos estratégicos.

Nos anos 80, a pedagogia multirracial foi desenvolvida por Maria José Lopes da Silva e educadoras do Rio de Janeiro. Sua proposta é identificar os valores culturais africanos presentes tanto na religião como nas artes, na organização social, na historia e na visão de mundo dos brasileiros, a partir da percepção de que as culturas negras estão profundamente internalizadas no "inconsciente coletivo" do homem brasileiro, independentemente de raça, cor, ou classe social. Quem nunca se pegou batucando ao ouvir uma música ritmada que atire a primeira pedra.

Na escola, Disparidades

O Brasil tem mais de 53 milhões de estudantes na Educação Básica. O atendimento às populações branca e negra, no entanto, é bastante desigual. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007 revelam que na educação infantil apenas 13,8% das crianças negras estavam matriculadas em creches. O número sobe para 17,6% na população branca. Na pré-escola, são 65,3% das crianças brancas matriculadas, frente a 60,6% da população infantil negra.
Quando o assunto é a distorção idade-série, as diferenças se acentuam, como mostram os dados do Educacenso de 2007. No caso de crianças brancas, o índice é de 33,1% na 1ª série do ensino fundamental e de 54,7% na 8ª, subindo, no caso das negras, para 52,3% e 78,7%, respectivamente. Entre os jovens brancos de 16 anos, 70% haviam concluído o ensino fundamental obrigatório. Na população negra dessa faixa etária, apenas 30% o fizeram. Entre as crianças brancas de 8 e 9 anos na escola, a taxa de analfabetismo era de 8%. Para as negras, o dobro.
No ensino médio, o quadro não é diferente: 62% dos jovens brancos de 15 a 17 anos frequentavam a escola em 2006; na população negra, o índice caía pela metade. Se o recorte etário for para 19 anos, os brancos apresentam uma taxa de conclusão do ensino médio de 55%, contra apenas 33% dos negros.
As desigualdades persistem no ensino superior. A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que 12,6% da população branca acima de 25 anos concluiu o curso superior. Entre os negros, a taxa é de 3,9%. Em 2007, os dados coletados pelo Censo da Educação Superior indicavam a frequência de 19,9% de jovens brancos entre 18 e 24 anos nas universidades. Já para os negros o percentual era de 7%.
Com base na Pnad, 49,4% da população brasileira se autodeclarou da cor ou raça branca e apenas 7,4% preta. Outros 42,3% se autodenominaram pardos e 0,8% de outra cor ou raça. A população negra é formada pelos que se reconhecem pretos e pardos.

Diversidade e Desigualdades

» 47,1% dos jovens são brancos e 52,9% não brancos (sendo 85,1% pardos, 13,5% pretos, 0,8% amarelos e 0,6% indígenas)
» Analfabetismo entre os jovens negros é quase três vezes maior do que entre os brancos
» Frequência líquida ao ensino médio é 55,9% maior entre
os brancos
» Frequência líquida ao ensino superior é cerca de 3 vezes maior entre os brancos
» As taxas de homicídio entre os jovens pretos e pardos é de 148,8 e 140,9 por 100 mil hab. respectivamente, ao passo que entre os brancos é de 69,2
» Os jovens pobres são majoritariamente não brancos (70,8%), enquanto os jovens brancos são 54,1% dos
não pobres.

Vítimas do assédio



Obra de Antonio Ferrigno retrata a escravidão: ainda hoje, negros estão entre os mais atingidos pelas práticas de bullying

Negros, pobres e homossexuais estão entre as principais vítimas de agressões físicas, acusações injustas e humilhações nas escolas públicas, segundo a pesquisa sobre Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Segundo a pesquisa, o grau de conhecimento de práticas de bullying chega a 19% contra alunos negros, 18,2% contra pobres, 17,4% contra homossexuais. Em seguida, 10,9% estiveram nessa situação por serem mulheres e 10,4% por morarem na periferia ou em favelas. O estudo também mostrou que os professores, funcionários, idosos, pessoas com algum tipo de deficiência física ou mental, idosos, índios e ciganos também foram vítimas de agressão nas escolas pesquisadas.

De acordo com o coordenador do trabalho, o professor José Afonso Mazzon, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), a pesquisa revelou que 30% das diferenças observadas na Prova Brasil entre as escolas pesquisadas foram explicadas por níveis de preconceito e discriminação. "Nas escolas em que se observou o maior conhecimento de práticas de bullying envolvendo professores e funcionários, as avaliações na Prova Brasil foram as menores, assim como naquelas em que os alunos apresentaram maior nível de preconceito", afirmou.

A pesquisa ouviu cerca de 10,5% dos 18.599 alunos, pais, diretores, professores e funcionários de 501 escolas públicas do país, entre outubro e novembro do ano passado. Ainda de acordo com os dados, 5,3% dos entrevistados presenciaram os professores sofrendo agressões e 4,9% viram os funcionários das escolas sendo agredidos.

Para saber mais

Afirmando diferenças, de Anete Abramowicz e Valter Silvério
(Editora Papirus, 2005)
A nova abolição, de Petrônio Domingues (Selo Negro, 2008)
Caminhos convergentes: Estado e sociedade na superação das desigualdades raciais no Brasil, de Marilene de Paula e Rosana Heringer (org., Fundação Heirich Boll Stiftung, Action Aid, 2009)
Direitos humanos e diversidade, de Jorge Arruda (Editora Diáspora, 2009)
Educação planetária, pluralidade cultural e diversidade religiosa, de Jorge Arruda (Editora Diáspora)
História e cultura africana e afro-brasileira, de Nei Lopes (Barsa Planeta, 2008)
História da educação do negro e outras histórias, de Jeruse Romão (Secad/MEC, 2005) Série Pensamento Negro em Educação (vols. 1 ao 9). Núcleo de Estudos Negros de Florianópolis. (site: www.nen.org.br)
Laços atlânticos: imigração africana em São Paulo, de Flávio Thales Ribeiro Francisco (Editorial Diáspora, 2008)
Literatura da Língua Portuguesa Marcos e Marcas (Portugal, Brasil, Cabo Verde, Angola, Moçambique, de Maria Aparecida Santilli e Suely Villibor Flory (orgs., Arte e Ciência Editora, 2007)
Políticas públicas e ações afirmativas, Dagoberto José Fonseca
(Selo Negro, 2009)
Rediscutindo a Mestiçagem no Brasil, de Kabengele Munanga (Editora Global, 2004)
Relações Raciais e Desigualdade no Brasil, de Gevanilda Santos (Selo Negro, 2009)

Sites
Afrobras- http://www.afrobras.org.br/
Ceert - http://www.ceert.org.br/
Cultura Hip-Hop - http://culturahiphop.uol.com.br/

Fonte: Revista Educação – http://revistaeducacao.uol.com.br

domingo, 9 de maio de 2010

A opinião de Rafinha Bastos sobre a declaração de Boris Casoy














Gênio da raça: Lima Barreto
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PERIPÉCIAS E VICISSITUDES DE UM LEITOR PARA CONSEGUIR LER OS CONTOS DE LIMA BARRETO

Ao longo dos últimos meses, a obra de Lima Barreto (1881-1922) reapareceu em edições mais completas, caso das crônicas (pela Agir) e dos contos (pela Crisálida), seguindo tardiamente o caminho aberto pelo pioneiro Um longo sonho de futuro (Graphia), em 1993. Já era tempo. Pois o leitor poderia imaginar eternamente que só os romances contavam, já que eram os únicos reeditados, ou poderia ser induzido a erro pelas confusões editoriais, como aconteceu com a pra-lá-de-discutível Prosa Seleta, (des)organizada por Eliane Vasconcellos e lançada pela Nova Aguilar em 2001, na qual toda a parte dos contos é precária, dos títulos das seções à própria seleção.









Contos Reunidos possibilita o acesso a 58 textos, antes dificilmente encontráveis em conjunto. E na apresentação, Oséias Silas Ferraz aponta com justiça as falhas da Nova Aguilar e sua Prosa Seleta.

Nesse caso, porém, trata-se do roto falando do esfarrapado: não é nada impecável a edição da Crisálida, os erros de revisão avultam e irritam e há até uma epígrafe que sumiu do início de “O filho de Gabriela” (um pensamento de Guyau, em francês, como de praxe na época: “Chaque progrès, au fond, est um avortement, mais l’échec même sert”—mais ou menos: “Cada progresso , no fundo, é um aborto, mas mesmo o fracasso serve”).

“O filho de Gabriela” é uma das obras-primas que compõem a 1ª parte dos Contos Reunidos. São sete textos que funcionavam como apêndice da 1a edição do genial Triste Fim de Policarpo Quaresma.

O mais fraco (por conta de um certo sensacionalismo e por deixar desde cedo muito óbvio o desfecho) é “Um especialista”, no qual o amante de uma mulata descobre estar dormindo com a própria filha. Também poderia ter sido desenvolvida com mais pormenores e situações a atmosfera da pensão siderada pela presença de estrangeiros “distintos” em “Miss Edith e seu tio”. Quanto aos outros cinco é difícil escolher o melhor: a magnífica associação que uma manteúda faz entre um homem que deseja e o automóvel que ele dirige (isso em 1913!), em “Um e Outro”; “Como o homem chegou” onde se narra a kafkiana odisséia do transporte de um prisioneiro pelo interior do Brasil, arrastando-se por anos; a conhecidíssima, e nem por isso menos extraordinária, alegoria da passagem do império para a república que é “A nova Califórnia” (“O alienista” da obra de Lima Barreto); o também sempre favorito das antologias e que nunca deixa de ser atual na cultura brasileira, basta ver as demonstrações de verniz erudito no congresso nas semanas recentes, “O homem que sabia javanês”, no qual uma reputação e uma carreira diplomática são feitos através do logro intelectual.

E, por fim, o pungente “O filho de Gabriela” , aquele que ficou sem epígrafe e que mostra, através do filho mulato da criada, adotado por um casal de brancos, a divisão que atormentava o grande escritor carioca: na reveladora cena de delírio febril do protagonista, a ouvir tambores, cantos e danças que se contrapõem à toda cultura formal que ele assimila com inteligência, porém sempre como um pária, um estrangeiro. E em meio ao seu doloroso ajustamento ao mundo da racionalidade e da vida organizada, o apelo do nada, da dissolução, do não-ser.



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SEGUNDA PARTE

Fica difícil evitar dor-de-cabeça ao se tentar seguir os rastros editoriais de Lima Barreto. Os erros contínuos dos Contos Reunidos, já apontados na primeira parte, prosseguiram –e avançando ao ponto da desarticulação de parágrafos— na 2ª parte, correspondente ao único volume de contos que publicou em vida (1920), Histórias e Sonhos.

A solução foi consultar uma edição melhor, no caso a da Ática, e que ainda traz mais 22 textos curtos, 13 dos quais (os Contos Argelinos) NÃO aparecem na supostamente completa e definitiva seleção dos Contos Reunidos. Porém, 2 textos de Histórias e Sonhos desapareceram na da Ática: “Sua Excelência” e “A matemática não falha”. Não bastassem o descaso e o sofrimento na vida terrena (e a edição original de Histórias e sonhos foi um dos maiores desgostos de Lima Barreto, tanto que escreveu uma veemente errata)!

Na leitura de Histórias e Sonhos (se já não houvesse uma obra-prima como “Um e Outro” para demonstrá-lo) cai por terra uma das afirmações mais repisadas a respeito do seu autor: ele não saberia criar grandes personagens femininas! Ora, ora! Temos a versão em miniatura do seu texto-chave, o mais revelador de todos, tanto que o ocupou a vida inteira, “Clara dos Anjos” (o romance, que enriquece de forma considerável a história, é tido por muitos como inacabado, hipótese indefensável para o responsável por esta coluna), a perfeita trama da sedução de uma mulata ingênua por um mequetrefe, para a qual conspira toda uma subcultura musical tipicamente brasileira. Temos o extraordinário “Cló”, a história de uma garota suburbana praticamente oferecida pelos pais como amante a um deputado casado (e a figura de Maximiliano, o pai, intelectual e incestuoso, é um caso à parte). O fim, em especial, é um arraso (e é preciso observar que nem sempre Lima Barreto era bom em desenlaces). Tem a sonhadora e eternamente casadoira protagonista do cruel “Livia” (“Quinze namorados! Quinze! De que lhe serviram ? Um levara-lhe beijos, outro abraços, outro uma e outra cousa; e sempre esperando casar-se, isto é, libertar-se, ela ia languidamente, passivamente deixando”).

Nesses e em muitos contos, a presença do “bovarismo”, uma obsessão de Lima Barreto (a pretensão de ser uma coisa que não se é). Ele o desmascara com precisão em “Um músico extraordinário”, “O feiticeiro e o deputado”, “Sua Excelência” e “A matemática não falha”.

Há o curioso “Mágoa que rala” conto-reportagem de um caso patológico: um rapaz que se apresenta como autor de um assassinato no Jardim Botânico, mobilizando a opinião pública, e o qual insiste em se dizer o culpado mesmo com todas as evidências em contrário.

Há alguns contos em que ele se mostra um grande, mas imperfeito continuador da linha de contos machadianos do tipo “O segredo do Bonzo” : o acabamento final deixa a desejar, e muitas vezes a mágoa pessoal que ralava o grande escritor suplanta a ironia e o sarcasmo, em textos, no entanto, cheios de momentos brilhantes como “Harakashy e as escolas de Java” e “O Congresso Pan-Planetário”. Em compensação, “Hussein ben Áli-al-Balek e Miquéas Habacuc” é impecável e pode ser considerado uma cartilha para a aquisição do patrimônio digamos ético de muitos políticos que aparecem com destaque no dia a dia da nossa mídia.

Três textos bárbaros e críticos merecem destaque em Histórias e Sonhos (junto com “Cló): “O moleque”, o delicioso “Agaricus auditae” (isto é, cogumelos auditivos) e “A biblioteca” (este último faz uso malicioso das teorias hereditárias que dominavam a cena na época). O mais perturbador é a atualidade de todos eles, “encarando a burguesia atual de todo gênero, os recursos e privilégios de que dispõe, como sendo unicamente meios de alcançar fáceis prazeres e baixas satisfações pessoais, e não se compenetrando ela de ter, para com os outros, deveres de todas as espécies…”

(resenha publicada em 13 de agosto de 2005)



TERCEIRA PARTE

Para finalizar o comentário a respeito da infaustamente mal cuidade edição (a Crisálida perdeu uma oportunidade ímpar) dos Contos Reunidos de Lima Barreto (1881-1922), este artigo abordará as duas seções que apresentam textos publicados postumamente em livro (num total de 32, ou seja, a maior parte dos 58 que constam do volume). O leitor pode encontrá-los numa coletânea bem superior da Garnier (também intitulada Contos Reunidos).

Dos 14 que compõem Outros Contos Reunidos (1951), o destaque vai para “Dentes Negros e Cabelos Azuis”, um dos momentos mais chocantes do ema do racismo e mesmo da autopercepção racista na obra de Lima Barreto, hipertrofiados nas características físicas do protagonista apontadas no título e que estarrecem um assaltante, cujo maior crime acaba sendo o de apiedar-se.

Os demais são basicamente vinhetas, muitas perspicazes e sardônicas, como “Uma Academia da Roça”, farpa mortífera contra a nossa grotesca Academia Brasileira de Múmias. Há tam´bem a versão-miniatura da trama central de Numa e a Ninfa (1915), romance político que poderia ter sido uma obra-prima não fosse tão desalinhavado e pouco orgânico, mas que é recheado de episódios e tipos geniais. No conto, muda-se, enfraquecendo , o nome da Ninfa: de Edgarda passa-se a Gilberta, porém convenhamos que o primeiro era perfeito para a dominatrix do tíbio Numa. Mantém-se o precioso final do livro, quando o deputado descobre que é o amante da esposa quem escreve seus discursos, com os quais brilha no plenário: “Viu que os dois acabam de beijar-se. A vista se lhe turvou;quis arrombar a porta, mas logo lhe veio a idéia do escândalo… O que se jogava ali!A sua honra! Era pouco. O que se jogava ali eram a sua inteligência e a sua carreira, era tudo! Não, pensou ele de si para si, vou deitar-me”.

Entre os 18 Contos Recolhidos (1949) os destaques são muitos, com um dos dois pintos assassinados na alta ficção brasileira (o outro é o de A Legião Estrangeira, de Clarice Lispector), em “O único assassinato de Cazuza”; o notável “Milagre do Natal” é tão bom quanto qualquer grande conto machadiano, com um final digno do mestre, quando o pretendente diz à noiva: “Foi Nosso Senhor Jesus Cristo que nos casou” e ela replica: “Foi a sua promoção”, nesse que é um dos inúmeros piparotes de Lima Barreto contra a praga burocrática que nos assola. Machado de Assis também vem à mente inevitavelmente na leitura de “Carta de um defunto rico”.

É maravilhoso “Quase ela deu o Sim, mas…”, que já configura de forma definitiva (assim como o Cassi Jones, de Clara dos Anjos, só faltou o consumo de drogas) aquela figura típica de tantas famílias brasileiras: o vagabundo doméstico, sempre dependente dos outos, filando tudo e levando a vida, com o futebol (que Barreto abominava, até fez campanha contra) como horizonte cultural máximo. Em “O jornalista” encontramos uma siuação extrema e a grande tentação da imprensa: fabricar fatos ao inves de noticiá-los.

Às vezes, ele fica a dever: como o leitor gostaria que fossem ampliados os detalhes da teia de dívidas que aprisiona a mulher e as filhas do contramestre José de Andrade, “homem morigerado, sem vícios, exemplar chefe de família”, no delicioso e cruel “O tal negócio das prestações”!

Ninguém arrasou mais (ou melhor) a falsa cultura dos emergentes que se tomam por patronos das artes (“Lourenço, o Magnífico”). E há um conto bruzundanga (o livro Os Bruzundangas, aliás, é imperdível), “O falso Dom Henrique V”, que é uma das mais precisas críticas ao feitio da nossa republica. O presidente bruzundanga “decuplicou os direitos de entrada de produtos estrangeiros manufaturados”, “O dinheiro da receita não chegava, aumentou os impostos, e vexações, multas, etc”, “Nunca houve tempo em que se incentivassem com tanta perfeição tantas ladroeiras legais. A fortuna particular de alguns, em menos de 10 anos, quase quintuplicou, mas o Estado, os pequenos burgueses e o povo pouco a pouco foram caindo na miséria mais atroz”. A miséria talvez não seja mais tão atroz, mas todo o resto permanece intocado pelo tempo e pelos corruptos da hora.

(resenha ublicada em 20 de agosto de 2005)

serviço: Contos Reunidos de Lima Barreto – Organização de Oséias Silas Ferraz. Editora Crisálidas. 360 págs. Histórias e sonhos (incluindo Outras Histórias & Contos Argelinos). Editora Ática. Série Bom Livro. 192 págs. + apêndice. Contos Reunidos (47 textos). Editora Garnier. 258 págs.

A Martins Fontes lançou em 2008 a mais palatável reedição dos contos de Histórias & Sonhos. Escrevi uma resenha na época,da qual “recorto” alguns trechos:

Um dos maiores desgostos de Lima Barreto em sua atribulada vida foi ver a edição de Histórias & Sonhos deformada pelos erros. Isso em 1920. Até a presente data nenhum relançamento dera conta de restituir a integridade (seja em termos da publicação completa dos dezenove contos, seja em ausência de erros de impressão e revisão) da coletânea.

Demorou um pouquinho para Lima Barreto, mas finalmente saiu a edição que lhe daria gosto. É um acontecimento importantíssimo: trata-se de uma seleção extraordinária. Nele, encontramos a versão abreviada do seu texto-chave, o mais revelador de todos, tanto que o ocupou a vida inteira, Clara dos Anjos (o romance, que enriquece de forma considerável a história, é tido por muitos como inacabado, hipótese indefensável para quem aqui escreve),a perfeita trama da sedução de uma ingênua mulata por um mequetrefe, para a qual conspira toda uma subcultura musical tipicamente brasileira (…) Nesse e muitos outros, a presença do bovarismo, uma obsessão do grande escritor carioca, a pretensão de ser uma coisa que não se é: ele o desmascara com precisão em Um músico extraordinário; O feiticeiro e o deputado e os geralmente cortados das edições do livro, Sua Excelência e A matemática não falha.

VIDA E MORTE DE M.J.GONZAGA DE SÁ: O FALSO CONSELHEIRO AIRES

A Ática incluiu na sua série de clássicos da língua portuguesa Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá, uma das melhores obras de Lima Barreto, mas que está bem longe de ser conhecida como Triste Fim de Policarpo Quaresma ou, nos últimos anos, Clara dos Anjos. Foi o primeiro romance levado a cabo pelo grande escritor carioca (por isso se nota a “angústia da influência” com relação a Machado de Assis e seu Conselheiro Aires), porém o último a ser publicado em vida (por iniciativa de Monteiro Lobato, em 1919, só que não parece ter sofrido nenhuma demão muito significativa). Nele, o narrador, Augusto Machado, conta como conheceu o personagem-título, também funcionário público (só que bem mais velho) por causa de uma ridícula questiúncula envolvendo o número de salvas de canhão devidas a um bispo em visita a uma c cidade.

Através da amizade entre Machado e Gonzaga de Sá, vislumbramos o Rio de Janeiro do início do século, sobrepondo mais do que contrapondo a revolta do jovem e a resignação filosófica do velho funcionário diante da mediocridade imperante e da destruição do Rio imperial que Gonzaga de Sá conheceu e que está sendo desfigurado pela Primeira República.

Veja-se o que Machado nos conta no capítulo “O passeador”: “O que me maravilhava em Gonzaga de Sá era o abuso que fazia da faculdade de locomoção. Encontrava-o por toda parte… Subia morros, descia ladeiras, devagar sempre e fumando voluptuosamente, com as mãos atrás das costas, agarrando a bengala. Imaginava ao vê-lo, nesses trejeitos que pelo correr do dia, lembrava-se: como estará aquela casa, assim, assim, que eu conheci em 1876?E tocava pelas ruas em fora para de novo contemplar um velho telhado, uma sacada e rever nelas fisionomias… Ia em procura de sobrados, das sacadas, dos telhados, para que à vista deles não se lhe morressem de todo na inteligência as várias impressões, noções e conceitos que essas coisas mortas sugeriram durante aquelas épocas da sua vida”.



A atitude filosófica de Gonzaga de Sá lembra, é claro, mas só superficialmente, a do Conselheiro Aires criado por Machado de Assis para filtrar de modo ainda mais sutil seu humor e pessimismo corrosivos. O leitor de Vida e morte de M.J. Gonzaga de Sá vai notando que, conforme o livro vai se desenvolvendo, menos Aires parece o passeador e mais ele e Machado representam, no fundo, uma só pessoa: Machado, a mocidade; Gonzaga, a maturidade (uma maturidade, uma atitude sábia, um tanto problemáticas). Por vezes, o velho Gonzaga abandona sua atitude de “sábio obscuro”, de “geólogo da memória da cidade” para revoltar-se, enraivecer-se, numa atitude mais adequada a seu discípulo, um idealista revoltado como o narrador de outro grande romance de Barreto (foi o próximo a ser completado), Recordações do escrivão Isaías Caminha (publicado em 1909): “Longe de me confortar, a educação que recebi só me exacerba, só fabrica desejos que me fazem desgraçado. Por que mas deram? Para eu ficar na vida sem amor, sem parentes e, porventura, sem amigos? Ah! Se eu pudesse apagá-la do cérebro! Varreria, uma por uma, as noções, as teorias, as sentenças, as leis que me fizeram absorver; e ficaria sem a tentação danada da analogia, sem o veneno da análise. Então, encher-me-ia de respeito por tudo e por todos, só sabendo que devia viver, de qualquer modo”.

Nesse entrançar de mocidade e velhice, revolta e sabedoria, amizade e solidão, espírito amplo e amargura, o Rio de Janeiro avulta. O livro é uma das mais cabais demonstrações da “poesia das cidades” instaurada por Baudelaire, sendo, como é, um passeio pela cidade, centro, praias e subúrbios, passado e presente. É por isso que seu ponto alto é a extraordinária seqüência de capítulos em que Machado acompanha Gonzaga de Sá para velar e enterrar um compadre que morava no subúrbio. É ali que, na atmosfera carregada do velório, Machado despertará para o desejo sexual representado por Alcmena, vizinha do compadre falecido, rebelando-se contra o fato de estar atrelado a uma cerimônia de morte, quando deseja tanto viver, sentir-se vivo, antecipando um pouco o “estrangeiro” de Camus: “No dia seguinte, diante do caixão já fechado, senti-me penetrado de uma indiferença glacial… O domingo estava maravilhoso,glorioso de luz, e os ares eram diáfanos, estava sedutor e sorria abertamente, convidando a gozá-lo em passeios alegres. O silêncio da sala, aquelas velas mortiças, os semblantes contrafeitos e estremunhados das pessoas presentes, diante da soberba luz do sol, da cantante alegria da manhã, pareceram-me sem lógica.”

É um dos maiores momentos da nossa literatura, que compensa até a frouxidão (justificável, num texto escrito aos 20 e poucos anos, e hesitando entre dois caminhos conflitantes um deles, faria dele um êmulo talentoso de Machado; o outro, o que ele seguiu gloriosamente) da estrutura narrativa e o excesso de discursos na fala dos personagens (como se estivessem fazendo preleções e não conversando).

75 anos após a sua morte (em primeiro de novembro de 1922), Lima Barreto continua muito vivo, mais do que muitos autores do Modernismo.

(resenha publicada com ligeiras alterações em 21 de outubro de 1997, ano em que se comemoravam os 75 anos da Semana de Arte Moderna)


POLICARPO QUARESMA: TRAIÇÃO AO ANONIMATO PAPELEIRO

A editora Record vem lançando uma coleção com os textos da primeira edição de clássicos brasileiros, entre eles, o de Triste Fim de Policarpo Quaresma, publicado em 1915 (mas escrito anos antes), um dos textos mais brilhantes e lúcidos da nossa ficção.

Muitos vêem o herói, Policarpo Quaresma, como um Dom Quixote nacional (mas se pensarmos em algumas figuras da Primeira República cheias de projetos nacionalistas utópicos, como o escritor gaúcho João Simões Lopes Neto, dos Contos gauchescos , Quaresma não chega a ser um caso tão peculiar). Ele é um funcionário público quarentão que se entupiu de livros e abraçou um ideal absoluto de nacionalidade, e que começa a cometer “loucuras” para o senso comum, como propor à Assembléia Legislativa a adoção do tupi-guarani como língua oficial do país. Há em Quaresma o mesmo desencontro entre o mundo vislumbrado nos livros e a realidade, e a mesma tomada de consciência da “realidade”, destruindo o ideal, ao final, quando “recobra-se” do fervor patriótico ao ser preso por protestar contra os desmandos da ditadura de Floriano Peixoto, que avilta os direitos humanos após sufocar a Revolta da Armada.

Os embates de Quaresma têm seu lado cômico, contudo há a grandeza pressentida pela afilhada, Olga: “Sentia confusamente nele alguma coisa de superior, uma ânsia de ideal, uma tenacidade em seguir um sonho, uma idéia, um vôo enfim para as altas regiões do espírito que ela não estava habituada a ver em ninguém o mundo em que freqüentava”.

E é nesse diferenciar-se da mediocridade imperante que podemos ver também (e sobretudo) a influência de Flaubert, mais nítida ainda do que a de Cervantes, que considero mais superficial. Pois se Olga não está habituada a ver em ninguém a grandeza, mesmo que submetida ao ridículo, de seu padrinho, é porque Lima Barreto enfatiza para o leitor as mesquinharias e mazelas, a bêtise triunfante na vida social na última década do século passado, concentrando-se na vida suburbana e dos pequenos funcionários (na primeira parte), depois mostrando a vida rural, quando Quaresma tnta tornar produtivo um sítio na cidadezinha de Curuzu (na segunda parte, digna de Bouvard e Pécuchet), e,mais tarde, ao mostrar o jogo de interesses que preside o “patriotismo”, o sentimento nacionalista, quando explodem as revoltas contra Floriano. Tudo se mostra pequeno, acanhado, acachapante, a própria Olga (que tem mais imaginação que as outras moças) resigna-se ao destino do casamento por conveniência.



O outro lado da história?

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A Guerra do Paraguai: um holocausto sul-americano (financiado pelo capitalismo imperialista inglês judaico)

• Postado por Marçal, T. em 8 fevereiro 2010 às 23:30
• Exibir blog de Marçal, T.
A Guerra do Paraguai ou um holocausto sul-americano
Uma guerra que manchou nossa história.
A Guerra do Paraguai teve início em dezembro de 1864 e encerrou-se oficialmente em março de 1870. Ela deve ser classificada como um dos mais terríveis genocídios cometidos em nossa América.
Sob o patrocínio da Inglaterra financiado pelo capitalismo imperialista inglês judaico) que não admitia a independência, o desenvolvimento econômico, social e político de qualquer país, Brasil e Argentina foram protagonistas nesse horrendo e vergonhoso massacre.
As ações beligerantes tiveram início na verdade pouco antes com a tomada do Uruguai pelo almirante Tamandaré. A invasão completava o isolamento, e criava as condições para a completa destruição do Paraguai. O governo uruguaio foi destituído, montou-se então um governo submisso aos interesses da Inglaterra, do Brasil e Argentina (principalmente comprometido com os interesses dos nossos gaúchos que praticavam sistematicamente rapinagem e ocupavam terras uruguaias).
Jogo combinado.
Brasil, Argentina e Uruguai (coadjuvante) assinam no dia 1º de maio de 1865 o fatídico Tratado da Tríplice Aliança que estabelece parâmetros para destruir a República Guarani. É a prova cabal do crime.
O Brasil imperial não tinha um exército estabelecido, a Argentina metida em lutas separatistas não era um país propriamente, o Uruguai subjugado... Mas monta-se uma força militar de esfarrapados acreditando que em poucas semanas estariam dividindo os espólios. Como vimos a guerra durou 5 anos!
Em 1840 o Paraguai era um país sem analfabetos.
O Paraguai consegue sua independência em 14 de maio de 1811. O ditador José Gaspar Rodríguez de Francia assume a presidência com mãos de ferro e destrói as oligarquias, os privilégios clericais... E ainda faz uma ampla reforma agrária e socializa os meios de produção.
Francia morre em 1840.
O Paraguai começava a dar os primeiros passos rumo ao desenvolvimento, com uma audaciosa autonomia em relação ao império britânico. Mas dependia dos países visinhos para chegar ao atlântico e realizar suas exportações.
Carlos Antonio López substitui Francia. O Paraguai consegue novos avanços: desenvolve ainda mais a agricultura, contrata técnicos e mão de obra qualificada no exterior, inaugura obras importantes de infra-estrutura, cria ousadamente uma indústria promissora.
Em 1862 Carlos Antonio López morre e o parlamento paraguaio indica seu filho Francisco Solano López para sucedê-lo.
O novo ditador Francisco Solano López mantém a mesma rota de seus antecessores e se revela um grande comandante militar, mas o destino do país já estava traçado.
Rápidas considerações sobre a guerra.
Os motivos da guerra foram essencialmente econômicos. Os nossos bravos pares falavam em libertação... Mas o que se pretendia e de fato aconteceu, foi o extermínio de um povo.
O Brasil não tinha moral para falar em ideais democráticos e libertários! Vivíamos em um regime imperial escravocrata. O Paraguai já tinha acabado com a escravidão e seu povo tinha educação, saúde, comida farta e orgulho de sua condição.
Duque de Caxias, por exemplo, ficou impressionado com o nível educacional e de informação dos paraguaios, além de reconhecer a bravura e o excelente porte físico dos combatentes.
A superioridade numérica das forças agressoras e o isolamento foram fatais. Sem saída para o mar o Paraguai produzia suas próprias armas e não contava com nenhum auxílio externo. Ao contrário do Brasil, Argentina e Uruguai que executaram o serviço e ainda ficaram devendo as calças para o trono(capital judaico)inglês.
Os voluntários da pátria?!
A proporção racial dos combatentes brasileiros chama a atenção. Os bravos nobres “voluntários da pátria” enviavam seus escravos para o campo de batalha. Para cada combatente branco existiam pelo menos 45 negros escravos (certamente o morticínio que ocorreu em nossas fileiras contribuiu para embranquecer o sul e o sudeste do Brasil).
E ainda, o exército brasileiro recebia todo tipo de desocupados e bandidos que perambulavam pelas ruas e prisões.
A situação dos argentinos não era diferente e boa parte de seus soldados ia acorrentada para o campo de batalha. Olha o que diz este recibo de um ferreiro argentino: Recebi do governo da província de Catamarca a soma de quarenta pesos bolivianos, pela construção de duzentos grilhões para os voluntários catamarquenses que vão à guerra contra o Paraguai.
O campo de batalha.
Os países aliados lançavam mão de todas as armas e artifícios nem sempre honrosos. Os paraguaios capturados eram decapitados, inclusive mulheres, idosos e crianças.
O representante dos Estados Unidos Carles Washburn, um bandido famoso no Plata informava seu governo: Por sua torpeza e cegueira junto com outros pecados, o povo paraguaio merece o completo extermínio que o aguarda. O mundo terá justo motivo para congratular-se quando não houver nele uma só pessoa que fale o endiabrado idioma guarani.
Duque de Caxias em carta ao imperador dom Pedro II diz: é impossível que López possa viver sem o povo paraguaio, a este seja impossível viver sem López... Para terminar a guerra, isto é, para converter em fumo e pó toda a população paraguaia, para matar até o feto do ventre da mulher, e matá-lo não como um feto, mas como a um adail.
Duque de Caxias tenta estabelecer a paz com López mas o imperador não autoriza e sabe que é preciso respeitar o tratado assinado com os outros dois aliados.
Contrariado Caxias se demite do comando da guerra em 5 de janeiro de 1868. Em carta ao imperador diz: A paz com López, a paz, Imperial Majestade, é o único meio salvador que nos resta... Antes de presenciar o cataclisma funesto... Impetro a V. Majestade a especialíssima graça de outorgar-me minha demissão do honroso posto...O conde d´Eu.
Com a saída de Caxias o comando de campanha passa para Luís Filipe Maria Fernando Gastão de Orléans, o conde d’Eu, cunhado do imperador dom Pedro II. Esse cafajeste fez boa parte do serviço sujo, sempre com requintes de sadismo.
No dia 16 de agosto de 1869 ficou famoso por comandar a “batalha” de Acosta Ñu. Seus 20.000 bravos soldados enfrentaram cerca de 3.500 meninos quase que desarmados, doentes e esfomeados. Foram todos mortos (no Paraguai comemora-se o dia das crianças em 16 de agosto). Em Piribeduy cerca o hospital da cidade e toca fogo no prédio com todos os enfermos dentro.
Os números: 99,50% dos homens adultos paraguaios foram mortos!
Os números da guerra do Paraguai são impressionantes e revelam a crueldade e objetivos reais daquela missão.
Antes da guerra a população paraguaia passava dos 800.000. Cerca de 75, 75% dos habitantes morreram. Sobreviveram cerca de 2.100 homens adultos paraguaios, provavelmente em condições de reprodução (seriam os traidores foragidos, covardes ou os que tinham corpo fechado?).
No dia 1º de março de 1870 as tropas brasileiras comandadas pelo general Câmara cercam Cerro Corá e Francisco Solano López deu seu brado final: morro com minha pátria!
O general Câmara escreveu: O tirano foi derrotado, e não querendo render-se, foi morto à minha vista. Intimei-o com ordem de render-se quando já estava completamente derrotado e gravemente ferido, e não querendo, foi morto.
Fatos e versões.
Precisamos ser honestos, somos os bandidos nessa história. Humildemente precisamos pedir desculpas pelo crime que cometemos no Paraguai (assim como fez o governo alemão ao povo judeu). (Neste caso os judeus vergonhosamente precisaria pedir desculpas pelo financiamento deste holocausto )Precisamos ainda devolver simbolicamente os espólios de guerra.
Aos brasileiros nacionalistas, e aos argentinos arrogantes tomo a liberdade de recomendar que continuem comemorando a bravura dos heróis combatentes degustando um legítimo ballantines paraguaio.*
* Este rascunho é fruto de algumas leituras, principalmente do livro “Genocídio Americano: a Guerra do Paraguai” de Julio José Chiavenato.

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